sábado, 6 de outubro de 2012

Fallen pt.2

O cabelo negro se soltara das tranças, e a expressão em seu rosto era a mesma que ele havia desenhado tantas vezes. Havia um calor subindo em sua face, Estaria zangada? Envergonhada? Gostaria de saber, mas não podia se permitir perguntar.

O que está fazendo aqui? - Ele pôde ouvir o rosnado em sua própria voz, e se arrempendeu da grosseiria, sabendo que ela nunca entederia.

- Eu... Eu não consigui dormir - gaguejou, indo em direção ao fogo e á cadeira dele. - Vi a luz em sue quarto e também de fora da porta. Vi a algum lugar?

- Eu pretendia contar a você - começou ele. Não devia mentir. Mas nunca teve a intenção de deixá-la a par de seus planos. Contar só pioraria as coisa. Já tinha deixado as coisas irem longe demais, com esperaças que essa vez fosse ser diferente.

Ela se aproximou mais um pouco e seus olhos pousaram sobre o caderno de desenho.

- Estava me desenhado?

Seu tom assuntador o lembro de como era grande o abismo entre os dois. Mesmo deppis de todo o tempo que tinha passado juntos na últimas semanas, ela não tinha nem começado a enxergar a verdade que estava por trás da atração entre eles.

Isso era bom - ou,pelo menos, era o melhor para ela. Durante os últimos dias, desde que ele resolvera ir em bora, estivera lutando para se afastar dela. o esforço lhe exigiu tanto que, assim que se viu sozinho, teve que ceder as desejo acumulado de desenhá-la. Enchera o caderno de páginas retratando sua percoço arqueado, sua clavícula marmórea, o abismo negro de seus cabelos.

Agora, ele olhava de volta para o esboço, sentindo não vergonha por ter sido surpreendido desenhando-a, mas coisa pior. Um arrepio gelado se espalhou pelo seu corpo quando percebeu que aquela descoberta - a revelação do que sentia - a destruiria. Ele devia ter tomado cuidado. Era assim que sempre começava.

-Leite morno com uma colher de melado - murmurou ele, ainda de costas. Depois, acrescentou com tristeza. - Vai ajudá-la a dormir.

- Como você sabia? Minha nossa, era exatamente iso que minha mãe costumava...

- Eu sei - Ele intenrrompeu, se virando para encará-la. O espanto na voz dela não o surpreendia, mas mesmo assim não podia explicar como sabia o que fazer, ou contar quantas vezes ele mesmo tinha preparado essa bebida no passado, quando as sombras chegavam, ou como a tinha segurando nos braços até que adormecesse.

Ele sentiu o toque dela como se o tivesse queimando através da camisa, a mão pousada gentilmente em seu ombro, fazendo-o arfar Os dois ainda nõ haviam se tocado nessa vida, e o primeiro contado sempre o deixava sem ar.

- Me responda - sussurou ela. - Esta indo embora?
- Sim.
-Então me leve com você - Disse ele abruptamente. No mesmo momento, ele viu que ela prendia a respiração, desejando ser possível retirar o que acabará de dizer. Podia ver a sucessão de emoções se formando no vinco entre seus olhos: ela se sentia empetuosa, depois desnorteada, e em seguida envergonhada pela própria ousadia. Ela sempre fazia isso e, muitas vezes antes, ele tinha cometido o erro de confortá-la nesse exato momento.

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